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Comentário da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, sobre a realização da chamada "Plataforma da Crimeia" em Kiev

1644-24-08-2021

Prestámos atenção a um evento realizado em Kiev a 23 de agosto e chamado "Cimeira da Plataforma da Crimeia”. O objetivo declarado deste projeto político desenvolvido com a participação ativa de peritos governamentais dos EUA, do Reino Unido e da União Europeia e financiado pela Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA, era "desocupar a Crimeia e devolvê-la à Ucrânia".

A lista de participantes estava em linha com o objetivo do evento: principalmente representantes dos países da NATO e de algumas organizações internacionais, unidos pela ilusão comum de que a península da Crimeia deveria fazer parte do atual Estado ucraniano e que poderia ser alienada à Federação da Rússia por meio do aumento da pressão política e económica sobre o nosso país.

A este respeito, gostaríamos de assinalar o seguinte.

A questão da reincorporação da Crimeia à Federação da Russa foi definitivamente encerrada em março de 2014. Os habitantes da península passaram por duras provações e tomaram esta decisão num referendo após o golpe de Estado inconstitucional em Kiev em fevereiro de 2014. Esta decisão permitiu aos habitantes da Crimeia preservar a sua história, a sua cultura russa e o direito de falar a sua língua materna, incluindo o ucraniano e o tártaro da Crimeia, e evitar uma operação punitiva e uma guerra civil semelhante à desencadeada mais tarde pelo regime de Kiev em Donbass, bem como atrocidades fascistas semelhantes às sofridas pelos habitantes da cidade de Odessa em maio de 2014.

Nestas circunstâncias, a referida iniciativa ucraniana não passa de puro populismo, de um espetáculo político divorciado da realidade e voltado apenas para manter em foco no espaço mediático o tema da estadia temporária da Crimeia na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, como já avisámos, teremos de considerar a participação dos países, organizações internacionais e dos seus representantes na "Plataforma da Crimeia" como atentado contra a integridade territorial da Federação da Rússia, o que terá inevitavelmente o respetivo impacto nas nossas relações.

Outro aspeto a assinalar. A declaração final da "cimeira" convida a Federação da Rússia a "juntar-se” às atividades da "Plataforma da Crimeia". Não vemos qualquer possibilidade de participarmos nesta iniciativa política devido ao seu cariz cínico e antirrusso.

Ao mesmo tempo, estamos totalmente abertos a cooperar com todos os nossos parceiros internacionais para despertar o potencial único da Crimeia russa. Para este fim, convidamos os nossos amigos estrangeiros a visitar a península para participar em plataformas de cooperação económica, humanitária e cultural realmente relacionadas com a Crimeia.



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