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Resposta da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, a uma pergunta dos meios de comunicação social sobre a reunião de Jeddah sobre a Ucrânia

1562-07-08-2023

Pergunta: Poderia comentar a recente reunião em Jeddah sobre a crise ucraniana?

Maria Zakharova: O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia tomou nota das consultas sobre a crise ucraniana realizadas em Jeddah, na Arábia Saudita, nos dias 5 e 6 de agosto, por iniciativa do regime de Kiev e do G7. Na reunião participaram também os nossos correligionários do grupo BRICS e outros parceiros. Esperamos que, em conformidade com os entendimentos existentes, eles partilharão connosco as suas avaliações e reiteramos a nossa posição sobre a chamada "fórmula de paz" de Zelensky, que o regime de Kiev e o Ocidente estão a tentar promover durante reuniões do gênero. Nenhum dos seus 10 pontos tem por objetivo buscar uma solução negociada e diplomática para a crise, representando juntos um ultimato sem sentido à Rússia, que tem por objetivo prolongar as hostilidades. Uma solução de paz é impossível nesta base.

Ao promover a "fórmula" de Zelensky, o regime de Kiev e o Ocidente estão a tentar desvalorizar o elevado valor das propostas de paz de outros países e monopolizar o direito de as apresentar. Na verdade, como já dissemos, assistimos a uma luta a nível internacional contra a dissidência e às tentativas de fazer passar iniciativas de paz inviáveis por meio de manipulações sujas.

Valorizamos as iniciativas mediadoras e humanitárias dos nossos amigos do Sul Global voltadas para o alcance da paz. Ao contrário do regime de Kiev, que interrompeu e proibiu as negociações com a Rússia, estivemos sempre e continuamos abertos a uma solução diplomática para a crise e estamos prontos a responder a propostas realmente sérias. Sem a participação da Rússia e sem a consideração dos seus interesses, nenhuma reunião sobre a crise ucraniana tem o mínimo valor acrescentado.

Estamos convencidos de que uma solução realmente abrangente, sustentável e justa só será possível se o regime de Kiev cessar as hostilidades e ataques terroristas e se os seus patrocinadores ocidentais deixarem de fornecer armas às forças armadas ucranianas. Os fundamentos originais da soberania da Ucrânia, ou seja, o seu estatuto neutro, não-alinhado e não-nuclear, devem ser confirmados. Também devem ser reconhecidas as novas realidades territoriais criadas após os habitantes das novas regiões russas terem exercido o seu direito à autodeterminação consagrado na Carta das Nações Unidas, devem ser realizadas a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia e garantidos os direitos dos seus cidadãos de língua russa e das minorias nacionais de acordo com a sua legislação interna e o direito internacional. Estamos convencidos de que a implementação destes elementos está em plena conformidade com a paz e a segurança internacionais, pelas quais a Rússia está a lutar.


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